são horas de madrugar a raiva
que brota, incessante,
queimando olhos dormentes,
alimentando velhas serpentes...
mais um cálice erguido,
do mais negro revestido,
por mãos decrépitas segurado
e, por homens descrentes adorado
pendurado na corda, o pescoço jaz,
profano e altivo no seu olhar
em mãos, ergo os negros véus
que cobrem as mães perdidas
no olhar dos filhos saltibancos,
nos mares da discórdia ajuizada;
frutos emergentes nos pomares
da última abrilada
1989.02.16
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