© R.X. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

20/06/04

ABRILADAS

são horas de madrugar a raiva
que brota, incessante,
queimando olhos dormentes,
alimentando velhas serpentes...
mais um cálice erguido,
do mais negro revestido,
por mãos decrépitas segurado
e, por homens descrentes adorado
pendurado na corda, o pescoço jaz,
profano e altivo no seu olhar


em mãos, ergo os negros véus
que cobrem as mães perdidas
no olhar dos filhos saltibancos,
nos mares da discórdia ajuizada;
frutos emergentes nos pomares
da última abrilada

1989.02.16

Sem comentários: