Paira sobre nós um vento azul,
Que se alimenta de amor;
Quase sem querer,
Quase sem saber.
Paira sobre nós uma angústia,
Que se alimenta de raiva;
Quase sem consciência,
Quase dolorosamente.
E, agora que celebramos a ausência,
Quase metódica, quase lógica,
Vibramos nas cordas do tempo
Que guardamos, religiosamente,
Como as formigas quando somos
Somente libélulas e amantes.
Paira sobre nós um vento azul...
1996.04.16
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