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17/06/04

O CORO DESAFINADO

ó infinita vida que danças comigo
ó infinita sorte que danças para mim
já não será tempo de me abraçarem,
e ao mundo?
as escadas da noite; medo e ódio,
querem abraçar-me
com suas enluvadas mãos,
para mais tarde, na triste glória,
chafurdarem como nem os porcos...
ai!, quem dera não acreditar
que existem coisas assim,
não teria ilusões por soluções
ai!, quem dera ter olhos
para não ver o que vejo,
para não precisar de um espelho
todas as poeirentas manhãs
em que oiço o coro dos meus egoísmos
chorando aos pés da minha cama,
embalando o meu agoniado sono e
beijando o amor que me fez

95.12.26

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