A vida é, agora, um eterno exílio a que fui forçado
pelo nascimento
Nada mais me parece tão horrível como o constante
desejo de não sucumbir à finitude aristocrático-ambulante;
coisas que divagam, por aí, como seres sem sentido/noção
Perdido, e solidário, numa razão que existe no não existir,
só porque a vida tem um fim que ninguém deseja,
mesmo agora
Há muito que parti, buscando a ténue alegria
que purificaria uma sentida razão existencial
Para além disso, apenas uma certeza:
‘-quem me faz morrer?’, sei-o e, lamento-o profundamente
Mas, não é remédio eficaz, apenas mais uma acha
na fogueira existencial; as minhas cinzas vermelho
e verde
1996.11.09
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