caminho por veredas
de pés descalços
arrasto-me pelo tempo sideral,
fazendo sibilar a minha espada glaciar
forjo no vácuo do pensar, o mel
que me há-de matar; só para ver
cortei as veias
pelos rostos que manchei
cambaleando, meu barco adornei
nas chicotadas do levante
o pêndulo, à tôa,
faz-me deambular de esquina
em esquina
todos o querem matar
ele, a todos sorri
deixou a cidade coberta de flores
que bailam sem parar...
nestas veias, onde correm
rios gelados,
anseio a bebida agridoce
que atormentará meu corpo
quando em teu vazio me aconchegar
delírios dissonantes
em tuas mãos estrangulados
pura ilusão
1989.01.17
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