A cor das flores raras...;
Murmúrios localizados
Entre o abismo e o céu,
Como se olhásse-mos um deserto,
Quantos lhe tocarão?
A tua voz rebentou, vinda da cave.
Parece que gritas com o olhar.
(Oh! desejos...)
Os rostos que lapídamos
Com dores a desabrochar,
Resgatam-nos do abismo
Para um céu a chorar.
E ao despir-te, flor,
Derramo o sangue de um poeta,
Como sons de música “reggae”
Esvoaçando de uma alma tropical.
Ficou escuro à pouco.
Onde te escondeste?
Nas nuvens, à espera do ácido
Vento da saliva com desejos
Incapazes de rasgar bocas?
Só posso Ser só.
1989.02.12
Sem comentários:
Enviar um comentário