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17/06/04

INESTÉTICO SABOR A CAMOMILA

acabei de criar uma obra
d’arte, podem dizê-lo
vive da respiração, suspensa
por momentos, quase asfixiada,
quase afixada
a uma tabuleta de indicação
direcional:
Lisboa - 200 e tal km,
mais ou menos,
conforme a interioridade,
aliás,
conforme a intimidade...

já é quase dia
já brilha o sonho esteriótipado
e a indecência bate à porta,
isolada do contexto sobrenatural,
quase como uma divindade endividada
com entrada garantida na “disco in”;
sucesso imediato e corroborado
pelos falcatruas catedráticos,
não da Galiza mas de Portugal;
continental e insular,
com a devida pronúncia
característica
esta é a pronúncia do povo;
único germe da fecundação
não aparente e
aparentemente fecunda
vivam os bancos..., de esperma;
juros de valor incalculável,
insubstevimável valor adjunto
brevemente num perservativo perto de si

1996.05.28

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