© R.X. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

17/06/04

A ALMA DAS COISAS

ao ouvir-te,
som misterioso,
a lua geme e grita
e eu canto e danço
não és eterno
talvez infinito
e brilhas como a mentira
que trazes atada
ao teu infortúnio clássico;
uma gravata colorida

ao ouvir-te,
som misterioso,
o céu chora e grita
e eu como e bebo
não sabes a nada
talvez a mulher
e seduzes como elas
quando o clássico cio diário
soa como um apelo ao sexo,
e eu não o rejeito, nunca

ao ouvirem-me,
meus caros,
eu choro e morro de imediato,
porque dentro de vós
não consigo alcançar alimento
que me dê energia
então é assim;
eu rejeito-vos,
deixo de chorar e salvo-me
mas hà quem goste de pôr cornos

1996.05.08

Sem comentários: