a triste seda,
que em tua cama desliza,
recorda-me os momentos
que esqueci na tua ausência,
adúltera e egoísta
a triste seda,
onde derramamos tanto amor
e ódio,
esconde, em tua cama,
os corpos da minha ausência,
que aqueceste no adultério
com que me brindaste
em memória do teu passado
(-já pensaste no vazio do teu sexo?),
nas noites em que te vendeste
sem cobrar,
apenas pelo vício de um corpo
que não sente,
não vibra,
não ama
e que apenas pede, pede
1991.10.07
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