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17/06/04

O VIOLINO

degrado-me nos teus sentidos
após noites a fuga é constante
victíma das circunstâncias
homem de um leme desgovernado
à procura dele vou-me perdendo
um pouco ali e acolá
como se tivesse perdido a vida
e a procurasse em vão
na tardia morte que me não sacia
e aonde eu quero não me leva

mulher que desconheço,
onde vive o teu pensamento?
quero segui-lo e não sei
qual a direcção que me afasta

degradei-me aos poucos
sinto o quanto arrisquei
nada valerá a vontade
se perdido estou e me sinto
quebrou-se, dia-a-dia,
a minha louca ansiedade

1995.06.26

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