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17/06/04

VAGABUNDO DO INFINITO

tanto ódio quando acordo
já nem sinto a bondade
onde estás, felicidade,
sem ser de prévio acordo?

meu pai, onde falhaste?
não sabes, estás desorientado,
pensas que és um falhado
e voltaste a beber

minha mãe, o que se passou?
não me sabes responder?
pensas que o mundo acabou
quando em teus olhos eu fui beber

talvez seja auto-destruição
mas é do fundo do coração
que eu procuro a verdade
através da Liberdade

mas não posso, ai! de mim,
abraçar-te ó doce loucura
amanhã, o que seria de mim
ocultado em tua formosura

antes ser infinito vagabundo
nas garrafas, onde me aqueço
no sonolento e doce mundo,
no lento fogo onde me esqueço

1994.02.26

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