pupila piério, planisfério
dos meus tormentos,
quão forte é o teu rebento
cinceiro e ébrio
numa duna fui chorar
um rio de ódio submisso
com aromas de absinto
enquanto ablegava esta ablepsia
destilando profecias no baptisfério
a dor que não quero perdoar
é quem te quer possuir,
que eu não te quero
para te olhar a nudação,
enraivecido
colhe-me esta dor
em teu nubente corpo
limpa-me as lágrimas que derramo
em teus seios
meu olhar, por eles acorrentado,
e nos teus lábios nús,
as vertigens infiéis
do meu falar viajam
“nihil diu occultum!”
1989.02.16
Sem comentários:
Enviar um comentário