os gritos dos genocídeos, são ecos errantes
e mudos que um homem criou para seu entretenimento
mas eu quero gritar contra e gritarei até à morte
do último ditador
as “peças teatrais” mudam, os “actores”, velhas
serpentes do deserto, são sempre os mesmos
agora que as paredes caem e as cortinas se recolhem,
vêem-se as cáries mentais deste homem decadente;
habitante dos países-pocilga
agora que os povos se revoltam,
agora que os povos se matam,
as ratazanas sentem-se constrangidas,
e o povo, sempre à deriva, acaricia-se com granadas
de fragmentação
1991.04.16
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